Se você é um dos milhares de brasileiros que sonham em ter o seu próprio negócio e decidiram apostar em uma loja de material de construção, preparamos este guia esperando que ele o ajude nessa missão.

Esse não é um negócio fácil de iniciar, menos ainda de manter no longo prazo. Por isso, é importante se preparar e se informar devidamente antes de se arriscar no mundo do empreendedorismo.

Conhecer bem o mercado, saber as exigências legais para abrir uma empresa e ter alguma noção de gestão e planejamento estratégico são alguns dos pré-requisitos antes de investir em qualquer segmento e ter sucesso.

Montar uma loja envolve tomar uma série de decisões práticas, que vão desde a documentação necessária para a abertura da loja até a organização da vitrine que irá atrair mais clientes. Quer saber todas as dicas para ter sucesso na sua estratégia? Continue acompanhando o nosso post!

Quais são os principais desafios de uma loja de material de construção?

De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção, no final de 2019, 58% dos varejistas de material de construção esperavam números positivos para 2020. Apesar do otimismo, surgiram novos desafios diante da pandemia do coronavírus.

O momento atual exige compreender como será a evolução da demanda e a retomada do setor nos próximos meses. Estaremos saindo de uma grave crise de saúde e econômica, então, é preciso inovar e pensar em estratégias novas para não ficar muito enfraquecido.

Dados da  Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) mostram que pequenas e médias lojas desse segmento costumam focar em produtos considerados básicos, como cal, cimento, madeira, pregos, equipamentos elétricos e itens de iluminação. Durante a quarentena, houve uma redução desses insumos, mas estima-se que eles apresentarão uma demanda mais estável à medida que o comércio também se estabilizar.

Já as lojas grandes, chamadas generalistas, apresentam um maior sortimento de produtos, chegando a incluir itens de decoração e eletrodomésticos. Apesar de muitas lojas fechadas em muitas cidades, o setor de acabamentos e materiais para pequenas reformas apresentou um aumento durante a pandemia. Esse aumento pode ser atribuído ao fato das pessoas estarem passando mais tempo em casa e assim, sentindo a necessidade de fazer reparos e melhorar a decoração do ambiente. Passado a crise, a demanda por esses produtos tende a se estabilizar.

Tendo isso em mente, decidir qual será o foco do seu empreendimento é um dos primeiros passos antes de abrir sua loja.

Desde a crise de 2008, o setor da construção civil vem ganhando fôlego e, espera-se que, após um impacto inicial da recessão causada pela pandemia, o setor se recupere.

Com base em crises passadas, temos motivos para esperança. De acordo com uma pesquisa do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), após a crise de 2015, as novas construções caíram 7%. Já as reformas cresceram 20%, ou seja, é um mercado muito promissor. Não é à toa que as lojas de construção civil representam o terceiro maior segmento do varejo em número de empresas do Brasil.

Entretanto, como mostramos, a médio prazo, o impacto do encolhimento da economia pode ser menor no varejo de materiais de construção, já que esse setor foca produtos relacionados às reformas e em muitas cidades foi considerado serviço essencial durante a quarentena. Saindo de uma grave crise, a tendência é de que as pessoas não queiram comprar imóveis ou fazer construções novas de imediato. Em lugar disso, vão preferir fazer reformas nas suas casas, algo mais viável e seguro financeiramente.

Então, enquanto o comércio está parado devido ao isolamento, pode ser a hora de adotar medidas para melhorar a eficiência da empresa. Qual a prioridade? Tecnologia! Pelo menos, essa foi a dica da revista Mercado & Consumo na última crise:

É preciso destacar que para aproveitar a recuperação do varejo, os lojistas precisam fazer mudanças. De acordo com a pesquisa da Quorum, 68% das empresas do setor não têm softwares de gestão, embora 92% dos empresários considerem isso importante. Isso demonstra que muitos varejistas ainda não deram os primeiros passos para se modernizar e atender às novas demandas do mercado. Serviços relacionados a isso podem cobrir a demanda que esses lojistas têm em termos de parcerias para crescer.

Ficou ainda mais interessado em investir nesse segmento? Então, continue a leitura e descubra como montar e gerir uma loja de material de construção.

Como montar uma loja de material de construção?

Antes de sair comprando ou alugando um espaço para abrir uma loja, é importante pesquisar bem todos os passos necessários para a abertura da empresa. Além disso, é essencial começar com um estudo sobre o mercado.

Identificar o local certo, organizar as documentações necessárias e definir os produtos que a loja vai oferecer são alguns aspectos a se pensar antes mesmo de começar a esboçar um orçamento para montar sua loja de material de construção.

Local

A definição do local deve levar em consideração as perguntas estratégicas abaixo.

  • Qual é o público-alvo que se deseja alcançar?
  • A região tem uma alta densidade populacional?
  • Existem potenciais concorrentes perto do espaço escolhido?

Além disso, é fundamental pensar em questões práticas, como:

  • proximidade a estações e pontos de ônibus para facilitar o acesso;
  • segurança da região;
  • infraestrutura de serviços básicos, como energia, água, recolhimento de lixo, telefone e internet;
  • condições do imóvel;
  • espaço para estacionamento.

A instalação da loja em uma região bem iluminada, sinalizada, segura e de fácil acesso é um atrativo para os clientes.

A escolha de um bairro mais residencial, levando em consideração a densidade populacional, também é um fator importante, pois os moradores da região podem ser o maior público da loja.

Exigências legais

Outra questão essencial para começar seu negócio do jeito certo é prestar atenção nos requerimentos legais, como registro da empresa e licenças para operar.

É preciso garantir que tudo está de acordo com a legislação para evitar problemas no futuro. Sendo assim, é imprescindível contratar um contador profissional para participar dessa etapa. Na sequência, veja alguns pontos essenciais que devem ser providenciados.

Consulta Comercial

Consiste em verificar com os órgãos responsáveis se a atividade do seu empreendimento é permitida no local escolhido.

Essa consulta pode ser feita na Prefeitura Municipal, na Secretaria Municipal de Urbanismo ou na Administração Regional, dependendo da região. E ela deve ser feita antes de definir o local, já que será necessário informar o endereço da loja para fazer o registro da empresa.

Contrato Social ou Requerimento do Empresário

Esse é o registro do instrumento da constituição da empresa, o equivalente a uma certidão de nascimento do negócio.

O Contrato Social é o documento exigido para sociedades. Já o Requerimento do Empresário é voltado às empresas individuais. Os órgãos responsáveis por esse passo são as Juntas Comerciais e os cartórios.

Nessa etapa, é feita uma pesquisa do CPF dos sócios para verificação de antecedentes junto à Receita Federal.

CNPJ, Inscrição Estadual e Municipal

Esses pedidos são feitos, respectivamente, por meio da Receita Federal, da Secretaria da Fazenda do Estado e da Secretaria da Fazenda do Município.

Alvará de Funcionamento

Esse é o documento que autoriza a empresa a atuar no local pretendido e deve ser registrado junto à Secretaria Municipal da Fazenda, à Prefeitura Municipal ou à Administração Regional.

É importante fazer a consulta comercial logo no início, pois descobrir que o local não é autorizado depois que todo o processo de registro da empresa já foi feito é dor de cabeça na certa.

Estrutura e equipamentos

Vender material de construção requer um espaço considerável e muita organização e planejamento. A loja deverá contar com setores e departamentos, espaço para armazenamento de estoque e área para exposição dos produtos.

Para acomodar toda a variedade de mercadorias que as lojas de material de construção costumam oferecer, é recomendado que o espaço tenha uma área mínima de 100 m², divididos entre escritório, depósito e showroom.

Alguns equipamentos importantes em cada área são:

  • escritório — mesas, cadeiras, computador, impressora, telefone e armários para armazenar documentos;
  • depósito — prateleiras ou estantes resistentes e pallets para materiais mais pesados;
  • showroom — balcões para entrega, prateleiras ou gôndolas para exposição dos produtos e móvel para o caixa.

O planejamento da estrutura deve considerar:

  • acessibilidade e mobilidade dos funcionários e clientes, incluindo pessoas com deficiência;
  • espaço adequado para a exposição dos produtos, evitando poluição visual;
  • conforto e beleza, com boa iluminação e ventilação.

O empresário ainda pode incluir soluções que visam à comodidade dos clientes, como um espaço para café. E para aumentar a segurança do estabelecimento, é interessante contar com um sistema de segurança e um seguro para o estoque e os equipamentos.

Pessoal

A escolha dos profissionais deve ser realizada com um cuidado especial, pois eles são os primeiros pontos de contato com os clientes. Uma seleção bem-feita, que leva em consideração o perfil adequado para cada função, e um ambiente de trabalho agradável são fatores que refletem diretamente na imagem da empresa.

Também é importante não perder o foco nos custos. O tamanho da equipe deve ser adequado em relação ao porte da empresa. Principalmente no começo, é indicado manter uma equipe reduzida.

Outro fator importante no gerenciamento de custos é aderir a uma política de retenção de funcionários, oferecendo incentivos e benefícios. Reduzir a rotatividade ajuda a diminuir custos com recrutamentos, treinamentos e demissões.

O cuidado com a apresentação da equipe também é essencial. Funcionários uniformizados e em condições adequadas de asseio e higiene são fatores que exercem influência sobre a imagem da empresa.

Além disso, uma equipe bem treinada, com conhecimento dos produtos e em constante atualização é um elemento que proporciona atendimento satisfatório e personalizado, um quesito muito avaliado pelos clientes desse segmento.

Mercadoria

Os produtos que serão oferecidos na loja devem ser definidos a partir de uma análise cuidadosa dos concorrentes e da demanda dos consumidores — e é essencial que o sortimento seja constantemente revisado e atualizado.

Além desse acompanhamento, deve ser um feito um gerenciamento de estoque. Aqui, o grande desafio para o varejista do setor de construção civil é manter uma oferta de produtos adequada para pronta entrega, sem ter custos elevados com armazenamento.

Para esse gerenciamento, o empresário pode acompanhar 3 indicadores principais:

  • giro de estoque — indica o número de vezes em que o capital investido na compra de mercadorias é recuperado por meio das vendas;
  • cobertura de estoque — aponta o período de tempo em que o estoque consegue cobrir as vendas, sem necessidade de reposição;
  • nível de serviço ao cliente — é referente à demanda por pronta entrega. Indica o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, uma vez que não havia estoque disponível para entrega no momento do pedido.

O indicado é que o estoque seja enxuto, tendo o mínimo necessário para atender à demanda de acordo com o perfil de vendas da loja. Para calcular o estoque mínimo, deve-se levar em conta o tempo necessário entre o pedido e a entrega das mercadorias.

Manter uma frequência alta de entrega dos fornecedores em lotes menores ajuda a manter um giro de estoques maior, o que permite atender melhor os pedidos de pronta entrega sem gerar um excesso de estoque, mas pode gerar custos maiores com logística. Por isso, é preciso ponderar e tomar a decisão baseada em dados.

Para se informar ainda mais sobre como abrir o seu negócio, o Portal Sebrae é uma fonte ampla de informações detalhadas para os empreendedores. Ele inclui treinamentos gratuitos e questionários que ajudam a identificar a performance do seu negócio e providenciar orientações personalizadas.

Como organizar uma loja de material de construção?

A organização de uma loja de materiais de construção começa na abertura da empresa, com a definição do local e a compra de equipamentos. Nessa fase, é imprescindível garantir espaço suficiente para o showroom, de forma que os produtos sejam expostos com organização e uma apresentação atrativa.

É muito comum encontrar lojas desse segmento que mais se parecem com um depósito: um ambiente cheio de produtos empilhados por toda parte, mal iluminado e sem muito espaço para circulação.

Além do argumento dos custos, manter um estoque mínimo e com um alto giro ajuda a evitar esse amontoado de mercadorias, que causa um certo desconforto aos clientes.

No entanto, tenha cuidado para não manter os estoques totalmente fora do alcance dos consumidores. Muitos gostam de visualizar as opções antes de realizar uma escolha. Por isso, é importante manter uma variedade de produtos expostos de acordo com sua oferta — sem comprometer a circulação.

A atenção com a apresentação começa na vitrine. Expor os produtos já montados, a fim de sugerir possíveis usos e combinações, é uma maneira de convidar o cliente a entrar na loja.

Uma vez lá dentro, ele deve encontrar um ambiente agradável e iluminado, setores bem sinalizados e funcionários educados e treinados para atendê-lo. Assim, ele continuará explorando o local, sem notar o tempo passar.

Em uma loja de material de construção grande, do tipo generalista, fica mais fácil integrar os produtos mais básicos, como os materiais para instalações elétricas, aos itens de decoração, como as luminárias, para facilitar sua apresentação.

No entanto, mesmo nas lojas focadas em produtos de base, é possível expor as mercadorias por meio de um visual limpo, com prateleiras e setores bem organizados e sinalizados.

A escolha dos móveis certos e com o tamanho adequado, tanto para os produtos que ali serão expostos quanto em relação ao espaço da loja, é um exemplo de estratégia simples que ajuda a deixar o ambiente organizado. Outra ideia é ordenar os produtos de acordo com a cor, facilitando a visualização das opções.

O importante é utilizar o espaço da melhor forma possível, para expor os produtos de maneira atrativa e funcional e deixar o ambiente agradável, de maneira que os clientes se sintam à vontade para procurar o que precisam.

Quando esse objetivo é atingido com sucesso, uma visita à loja de construção pode se tornar até um passeio divertido — e não só uma tarefa a ser cumprida.

Como escolher fornecedores para loja de material de construção?

Um dos fatores que possibilita a manutenção do estoque mínimo para controle de custos é uma lista com vários fornecedores confiáveis. Manter o cadastro de fornecedores atualizado e com informações detalhadas facilita na hora de tomar decisões.

Além de analisar preços e prazos, é importante buscar fornecedores que ofereçam os melhores produtos, com a melhor qualidade. Uma boa maneira de se manter informado sobre o que há de mais novo no mercado é frequentando feiras e eventos do setor.

O relacionamento ideal com os fornecedores deve ser uma parceria, baseada em confiança recíproca.

Na hora de selecionar os fornecedores, você deve fazer as perguntas abaixo.

  • O atendimento ao cliente é satisfatório?
  • O fornecedor tem conhecimento aprofundado sobre a mercadoria que está vendendo?
  • Ele sabe explicar tudo sobre o produto?
  • Os preços praticados são justos em relação ao mercado, à qualidade e aos benefícios agregados?
  • O fornecedor cumpre os prazos de acordo com o combinado?
  • Ele apresenta alguma certificação que garanta a qualidade de seus produtos e serviços?
  • O fornecedor tem boas referências dos seus clientes?

O ideal é que o empresário consiga estabelecer uma relação ganha-ganha com seus fornecedores, de forma que a parceria seja benéfica para ambas as partes.

Fazer um planejamento definindo critérios e requisitos — ou as regras do jogo, por assim dizer — esperados dessa parceria pode ser uma forma de estabelecer essa relação de confiança e trabalhar nela de forma contínua.

Como escolher o local ideal para o ponto comercial?

A localização da sua loja é determinante para o sucesso da sua estratégia. No varejo físico, grande parte dos clientes é atraída pelos seguintes fatores:

  • passa em frente a loja, lembra-se de alguma necessidade e entra para fazer um orçamento;
  • vive na comunidade e tem uma relação com o comércio local, procurando-o sempre que tem alguma dúvida ou demanda;
  • ou ainda no caso das lojas de material de construção, planeja uma reforma ou obra e vai até a sua loja.

Ao considerar que boa parte do contato com a sua marca se dá a partir da espontaneidade de parte do público, é imprescindível escolher um ponto comercial com bom trânsito de pessoas, como os centros comerciais das cidades ou as principais vias dos bairros. Evite lojas que estão bloqueadas visualmente por árvores, cujo passeio seja muito estreito ou que estão posicionadas em regiões consideradas perigosas pelo público.

Além disso, é importante pensar nas pessoas que vêm de locais distantes. Elas vão chegar à loja de carro, moto ou pelo transporte público. Nesse sentido, o ponto deve ser de fácil acesso por esses meios, ter um estacionamento simples de localizar e várias opções de transporte.

Como conseguir um investimento inicial?

Conquistar o capital inicial nem sempre é uma tarefa fácil. Por essa razão, é algo que demanda bastante planejamento. Tudo começa com a economia de capital próprio, pois ele trará mais segurança às operações do negócio. Assim, você saberá que terá uma boa reserva para lidar com financiamentos e empréstimos feitos sem depender das entradas no caixa. Afinal, os primeiros meses de um negócio podem ser mais parados.

Ademais, é preciso ter uma boa quantidade de dinheiro livre para fazer pagamentos à vista, pois isso permite uma maior margem de negociação com os fornecedores. Nesse sentido, você também pode procurar empréstimos bancários.

Em relação à aquisição de equipamentos e de infraestrutura, há também o financiamento, outra opção oferecida por instituições bancárias. Aqui, não é dado dinheiro vivo, mas uma carta de crédito aceita por vários fornecedores. Existem ainda os cartões de crédito corporativos, que podem ser obtidos em bancos privados e em bancos públicos que incentivam o comércio de pequenas e médias empresas.

Hoje, se você tem alguma ideia diferenciada para um modelo de negócio inovador, também é possível conquistar formas não tão tradicionais de investimento, como investidores anjo e crowdsourcing.

Então, uma boa medida antes de dar o pontapé inicial é verificar as linhas de crédito disponíveis para você. No final, faça uma lista do que está à disposição em cada fonte. Com isso, você saberá o capital para investimento inicial e os custos financeiros para acessá-los.

Como gerir bem uma loja de material de construção?

Depois que a loja já está funcionando, vem a segunda parte do desafio: como se manter no mercado por bastante tempo? Aqui, é importante garantir uma gestão eficiente do negócio. Alguns dos fatores que requerem atenção são:

  • posicionamento de mercado — faça pesquisas de mercado para oferecer preços e promoções de acordo com o perfil dos seus clientes;
  • comodidade — além da facilidade de acesso e estacionamento, é importante oferecer facilidades no pagamento e na entrega dos materiais;
  • marketing de relacionamento — estabeleça um bom relacionamento com seus clientes, entendendo suas necessidades e expectativas, de modo a criar uma estratégia alinhada aos objetivos do negócio;
  • atendimento — funcionários com alto conhecimento sobre os produtos e serviços oferecidos podem gerar vendas adicionais, por isso, não deixe de investir em capacitação;
  • gestão de processos — manter um controle dos indicadores do negócio e investir em melhoria de processos ajuda a atingir metas;
  • gestão de estoque — invista em sistemas informatizados para controlar o registro de fornecedores e produtos do estoque.

Adotar um sistema integrado, como um software de gestão, é uma melhoria que não só simplifica as atividades mais complexas, como a gestão de compras e a consolidação dos dados de vendas, como também reduz custos.

Alguns softwares são voltados especificamente a gestão de lojas de material de construção. Alguns dos benefícios desse tipo de sistema são:

  • segurança — a tecnologia permite a integração das informações da empresa, garantindo a consistência dos dados e evitando duplicidades, o que é especialmente valioso na hora de reportar informações contábeis ou fiscais;
  • economia — combate a perda de estoque, reduz a inadimplência, possibilita ao gestor analisar as opções disponíveis de forma mais ágil e automatiza processos, reduzindo a necessidade de contratações e retrabalhos;
  • agilidade — aumenta a produtividade, não só de processos internos, mas também de vendas, permitindo realizar transações por meio de dispositivos móveis e disponibilizando relatórios online para o gestor;
  • praticidade — tem uma interface amigável para o usuário, o que faz com que qualquer pessoa possa se habituar com o seu uso em pouco tempo;
  • lucratividade — organiza informações sobre encargos e despesas, facilitando a precificação, a viabilidade de descontos, a comparação de cotação em relação ao mercado, entre outras funções.

A implementação da solução deve ser planejada em detalhes. Quando você abre um negócio, tem a vantagem de poder contar com um sistema desde o início. Dessa forma, não é preciso vencer uma possível resistência inicial de colaboradores, como em empresas consolidadas, quando há mudanças no fluxo de trabalho. Você já pode moldar todos os seus processos com base nas funcionalidades da ferramenta escolhida.

Contudo, é importante sempre optar por empresas que forneçam softwares especializados no seu setor, pois elas conhecem os desafios das lojas de material de construção e podem apresentar soluções específicas. Além disso, os fornecedores de TI oferecem, antes e durante a implantação, consultorias e treinamentos sobre como usar a tecnologia para alavancar seu negócio.

Encontrar o equilíbrio ideal entre atender os pedidos dos clientes e manter um estoque controlado pode ser muito mais simples com um software de gestão. O sistema padroniza a descrição e os códigos das mercadorias, facilitando a administração tanto do estoque quanto da entrada e saída dos produtos, o que ajuda a ter dados concretos sobre o fluxo de vendas, a sazonalidade dos produtos, entre outras coisas.

A facilidade de acesso a esse tipo de informação permite que o empresário entenda melhor seus clientes e consiga se planejar para atender às suas necessidades específicas. Ao ter detalhes sobre as vendas, também fica mais fácil fazer um planejamento estratégico e manter um controle financeiro eficiente.

Conclusão

Abrir uma loja de material de construção pode ser um excelente negócio. É um mercado sólido, que ainda está se recuperando da crise dos últimos anos, mas que já tem dado sinais de melhoria. O setor da construção civil sempre vai ter demandas, mesmo em tempos de crise.

Porém, para ter sucesso nesse mercado, é preciso se preparar desde os primeiros passos para a abertura da empresa. É fundamental garantir que todos os requisitos legais sejam cumpridos e que a pesquisa de mercado seja feita de forma eficaz — o que é essencial para montar um plano de negócios de acordo com o potencial da localização e do público-alvo.

Também é preciso ter alguns cuidados com a apresentação da loja, dos produtos e dos funcionários, de modo a criar um ambiente aconchegante e atrativo para os clientes. Uma loja de material de construção pode até ser um passeio para a família toda se o ambiente for agradável. E o empreendedor deve estabelecer um relacionamento de confiança tanto com seus clientes quanto com seus fornecedores.

Para garantir a longevidade do negócio, é essencial investir em ferramentas que permitam uma gestão mais eficiente de processos, compras e estoque. Em tempos de computação cognitiva e Internet das Coisas, quem não investir em tecnologia para automatizar e otimizar processos não vai dar conta de atender à demanda dos clientes — cada vez mais exigentes.

Os softwares de gestão modernos oferecem uma ampla gama de facilidades e melhorias para lojas de varejo, economizam tempo e dinheiro e são fáceis de usar. O investimento na ferramenta é pago pela economia que ela gera com o tempo. Além disso, aumenta a margem de lucro com a eliminação de desperdícios e retrabalhos nos processos.

Agora que você já aprendeu como abrir e gerir uma loja de material de construção, não deixe de continuar se atualizando sobre o mercado e as novidades no setor. Fique por dentro de mais conteúdos como este assinando a nossa newsletter!

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