Mãe e filha sorrindo enquanto fazem compras em uma feira, escolhendo frutas e verduras frescas para uma alimentação saudável.

Alimentação saudável em alta: como o varejo alimentar pode aproveitar essa tendência?

Já parou para pensar em como as prateleiras dos supermercados e atacarejos se transformaram nos últimos anos? Onde antes víamos apenas uma ou duas opções de produtos integrais, hoje encontramos corredores inteiros dedicados à alimentação saudável. E não é para menos: estamos diante de uma verdadeira revolução nos hábitos alimentares do brasileiro — e é aqui que o varejo alimentar passa a fazer parte do debate.

A verdade é que essa onda de consumo consciente não é somente um modismo passageiro — ela representa uma mudança profunda na relação das pessoas com sua alimentação. E para todos os segmentos que contemplam o varejo alimentar, entender e aproveitar essa tendência pode fazer toda a diferença entre crescer ou ficar para trás

Sumário

A força da alimentação saudável: números que não podem ser ignorados

Se você ainda tem dúvidas sobre o potencial desse mercado, os números falam por si. De acordo com o estudo Brasil Food Safety Trends 2030, está havendo uma grande expansão da variedade de alimentos saudáveis, impulsionada pela crescente preocupação dos consumidores com a segurança alimentar e a sustentabilidade. Os mercados emergentes de alimentos, como orgânicos, plant-based e clean label, têm apresentado crescimentos expressivos nos últimos anos.

O documento destaca que o movimento por alimentos mais saudáveis e seguros representa não apenas uma tendência passageira, mas uma transformação profunda no comportamento do consumidor. A busca por transparência, rastreabilidade e produtos com ingredientes reconhecíveis tem levado a indústria a investir em novas tecnologias e em sistemas de gestão de segurança alimentar cada vez mais robustos.

E não se engane achando que isso se restringe apenas às grandes capitais ou ao público de alta renda. A busca por opções mais saudáveis, seguras e sustentáveis já se espalhou por diferentes camadas da população, tornando-se um movimento abrangente que atravessa barreiras geográficas e sociais, impulsionando o desenvolvimento de uma cultura de segurança dos alimentos em toda a cadeia produtiva.

Por que os consumidores estão mudando seus hábitos?

Entender as motivações por trás dessa mudança é muito importante para quem deseja se adaptar e prosperar. Mas afinal, o que leva o consumidor a buscar alternativas mais saudáveis?

Mais informação, melhores escolhas

Vivemos na era da informação. Com alguns toques na tela do celular, qualquer pessoa tem acesso a conteúdos sobre nutrição e bem-estar que antes ficavam restritos aos especialistas. Essa democratização do conhecimento tem um efeito direto nas decisões de compra.

Quando seu cliente entra na loja, ele provavelmente já leu sobre os benefícios dos alimentos integrais ou sobre como reduzir o consumo de açúcar. Ele não está apenas comprando por impulso — está fazendo escolhas baseadas em informações que considerou relevantes para sua saúde.

O papel influente das redes sociais

As redes sociais desempenham um papel crucial na forma como as pessoas percebem a alimentação hoje. Instagram, TikTok e YouTube estão repletos de conteúdos sobre receitas saudáveis, dicas de nutrição e transformações físicas.

Influenciadores digitais com milhões de seguidores compartilham suas jornadas de alimentação saudável, criando tendências e moldando preferências. Quando um produto aparece nesses canais, o impacto nas vendas pode ser imediato e significativo.

Regulações e certificações que influenciam as escolhas

O aumento da regulamentação e das certificações também tem papel fundamental nessa transformação. Selos como “orgânico”, “sem glúten” ou “baixo sódio” deixaram de ser um diferencial para se tornarem decisivos no momento da compra.

A legislação sobre rotulagem mais clara e informativa também tem contribuído para que os consumidores façam escolhas mais conscientes, favorecendo produtos com ingredientes reconhecíveis e processos transparentes.


Leia também: Inteligência artificial no varejo — como a tecnologia irá transformar o setor nos próximos anos?


O impacto no seu negócio: como supermercados e atacarejos podem se adaptar

Diante dessa realidade, como os varejistas podem se adaptar para não apenas atender à demanda, mas se destacar e conquistar esse público cada vez mais exigente?

Reorganize suas prateleiras estrategicamente

A forma como você organiza seus produtos pode fazer toda a diferença. Criar seções específicas para alimentação saudável, como fez o Pão de Açúcar com o Espaço Mais Equilíbrio, facilita a experiência de compra e aumenta a visibilidade desses itens.

De acordo com Allan Gate Hock, diretor de marcas próprias do GPA, antes dessa reorganização, “tínhamos cerca de 2.300 SKUs espalhados pela loja, o que acabava gerando ruptura. A partir do momento em que concentramos os itens na seção, e reduzimos em cerca de 50% o sortimento, isso diminuiu, e as vendas aumentaram.”

Mais interessante ainda: o share desse segmento de produtos saudáveis no Pão de Açúcar chegou a ser três vezes maior que o share geral do supermercado, segundo dados da Nielsen.

Invista em tecnologia para gestão de estoque e exposição

Para gerenciar adequadamente esse novo mix de produtos, é essencial contar com ferramentas tecnológicas que garantam o controle eficiente do estoque, evitando rupturas e perda de vendas. Sistemas integrados de gestão, como os oferecidos pela CISS, permitem o acompanhamento em tempo real do desempenho de cada categoria, identificando tendências e oportunidades de ajustes.

A tecnologia também pode ser sua aliada na criação de uma experiência de compra mais personalizada, com aplicativos e programas de fidelidade que reconhecem as preferências dos clientes por produtos saudáveis e oferecem recomendações e promoções direcionadas.

Torne os alimentos saudáveis mais acessíveis e atrativos

Um dos maiores desafios para a expansão desse mercado continua sendo o preço. Os varejistas podem contornar essa barreira com estratégias como:

  • Desenvolver marcas próprias de produtos saudáveis 
  • Criar programas de fidelidade com benefícios especiais para essas categorias
  • Estabelecer parcerias com fornecedores para reduzir custos
  • Investir em comunicação que destaque a relação custo-benefício desses produtos

A apresentação visual também merece atenção especial. Gôndolas bem iluminadas, comunicação visual atrativa e informativa, e até mesmo degustações podem transformar a percepção de valor desses produtos.

Categorias em alta: onde focar seus investimentos

Conhecer as categorias com maior potencial de crescimento é fundamental para direcionar investimentos e esforços de marketing. Confira as principais tendências:

Alimentos sem açúcar, sem glúten e sem lactose

O aumento de diagnósticos de intolerâncias alimentares e a busca por dietas restritivas têm impulsionado estas categorias. De pães e massas sem glúten a sobremesas sem açúcar e alternativas lácteas, este mercado cresce consistentemente ano após ano.

Para supermercados e atacarejos, é importante não apenas ampliar o mix, mas também garantir que estes produtos estejam corretamente sinalizados, facilitando a identificação pelo consumidor que busca especificamente estas características.

Opções ricas em proteínas e alternativas plant-based

As proteínas estão no centro das atenções, seja para quem busca ganho muscular ou para quem deseja reduzir o consumo de carne. Produtos como bebidas proteicas, barras, iogurtes enriquecidos e, principalmente, as alternativas vegetais à proteína animal (como “carnes” à base de plantas) representam um filão com enorme potencial.

Mas não esqueça de dar destaque especial para esses produtos, com comunicação que enfatize seus benefícios nutricionais e ambientais, além de posicionamento estratégico nas áreas de maior visibilidade da loja.

Snacks e refeições práticas que combinam sabor e nutrição

Praticidade continua sendo um valor fundamental para o consumidor contemporâneo. A diferença é que hoje se busca conveniência sem abrir mão da qualidade nutricional. Snacks saudáveis, refeições prontas com ingredientes naturais e opções congeladas nutritivas são categorias que merecem atenção especial.

Os atacarejos podem se beneficiar particularmente deste segmento, oferecendo estas opções em embalagens maiores, com preços mais atrativos para famílias ou pequenos estabelecimentos.

Preparando o seu negócio para o futuro da alimentação saudável

A alimentação saudável não é uma tendência passageira, mas uma transformação profunda na forma como as pessoas se relacionam com a comida. Para os varejistas que souberem se adaptar, representa uma oportunidade extraordinária de crescimento e diferenciação.

Algumas recomendações finais para supermercados e atacarejos que desejam se destacar nesse segmento:

  1. Invista em conhecimento especializado: capacite sua equipe ou contrate profissionais com conhecimento em nutrição e alimentação saudável
  2. Crie uma experiência de compra diferenciada: vá além do produto, oferecendo conteúdo educativo, degustações e dicas de utilização
  3. Use dados para tomar decisões: monitore constantemente o desempenho das categorias, ajustando seu mix com base em evidências concretas
  4. Estabeleça parcerias estratégicas: aproxime-se de produtores locais, startups do segmento food tech e influenciadores da área
  5. Pense na integração omnichannel: desenvolva estratégias que conectem a experiência física na loja com plataformas digitais

Acima de tudo, esteja atento às necessidades e feedbacks dos seus clientes. São eles que, em última análise, determinarão o sucesso da sua estratégia.

A CISS está pronta para apoiar seu negócio nessa jornada, com soluções tecnológicas desenvolvidas especificamente para o varejo alimentar, que integram desde a gestão de estoque até a experiência do cliente, passando por todo o controle financeiro e operacional que seu negócio precisa para crescer com segurança nesse mercado promissor.


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