Sumário
- O que é a NR‑1 e por que ela foi atualizada
- Principais impactos da NR‑1 no dia a dia do varejista
- Treinamentos obrigatórios e documentação adequada
- Consequências legais de não cumprir a NR‑1
- NR‑1: fique preparado e transforme um desafio em diferencial
Por que falar de NR-1 importa para o varejo?
A NR‑1 é a porta de entrada obrigatória para qualquer norma de segurança do trabalho no Brasil. Com a mais recente atualização, a norma vem com regras diretas que envolvem segurança, saúde e treinamentos — e isso também vale para supermercados, lojas de materiais de construção, redes de franquias, entre vários outros segmentos.
Para o varejista, entender as mudanças recentes é algo de extrema importância para evitar multas futuras, proteger colaboradores e até melhorar a organização interna. Se você quer que seu negócio fique tranquilo e de olhos no futuro, precisa se preparar.
O que é a NR‑1 e por que ela foi atualizada
A Norma Regulamentadora n.º 1 estabelece padrões gerais de segurança no trabalho. A nova versão, formalizada pela Portaria MTE n.º 1.419/2024, com entrada em vigor desde 26 de maio de 2025, inclui pela primeira vez os chamados riscos psicossociais — como estresse, assédio moral e burnout — dentro do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).
Após negociações com entidades como Fecomercio-SP e Sindilojas, o Ministério do Trabalho e Emprego decidiu que esse novo trecho da NR‑1 entraria valendo, mas com caráter educativo até maio de 2026. Ou seja: a norma começou a valer este ano, mas sem autuação até o ano que vem.
Principais impactos da NR‑1 no dia a dia do varejista
Mesmo quem atua em um pequeno comércio, a partir de agora precisará dar atenção a aspectos antes restritos às grandes indústrias. A nova NR‑1 determina que o ambiente de trabalho seja analisado com profundidade, tanto nos riscos físicos (como pisos escorregadios, esforço repetitivo ou contato com equipamentos) quanto nos riscos emocionais — que incluem assédio, estresse e cansaço extremo.
Esses pontos precisam estar contemplados em um documento chamado PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos), que deve conter ações preventivas claras, atualizadas e coerentes com a realidade da loja. Além disso, toda a equipe precisa passar por treinamentos relacionados aos riscos mapeados — e isso vale para todos os setores, do caixa ao administrativo.
Outro impacto importante é o foco da norma na rastreabilidade. O que antes era feito em papel ou esquecido em uma planilha agora precisa estar digitalmente acessível e organizado. Esse é um ponto sensível porque, a partir de maio de 2026, a fiscalização poderá cobrar não só a realização dos treinamentos e a existência do PGR, mas também a prova de que tudo está devidamente documentado.
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Treinamentos obrigatórios e documentação adequada
Os treinamentos exigidos pela nova NR‑1 não são mais uma mera formalidade. Eles precisam ter conteúdo programático definido, carga horária compatível com o risco envolvido e aplicação de avaliação. Mesmo na modalidade online, que é permitida, é obrigatório comprovar que o colaborador participou, entendeu e foi avaliado.
O problema é que muitos varejistas ainda mantêm esse controle de forma manual, o que eleva o risco de perdas, esquecimentos ou inconsistências nos registros. Imagine precisar comprovar o histórico de treinamentos da equipe em uma fiscalização e perceber que metade dos certificados está vencida ou nunca foi gerada.
A melhor solução é investir em uma gestão adequada de documentação, seja através de planilhas bem organizadas, arquivos digitais com backup ou sistemas especializados em gestão de recursos humanos. O importante é ter controle sobre validade dos certificados, histórico de cada colaborador e facilidade para apresentar comprovações quando necessário. Uma documentação bem estruturada garante não apenas conformidade legal, mas também demonstra organização e seriedade do negócio perante fiscalizações.
Consequências legais de não cumprir a NR‑1
Enquanto durar o caráter educativo, não há autuações. Mas a partir de 26/05/2026, empresas que não cumprirem a norma podem sofrer sanções graves. As multas podem ultrapassar R$ 100 mil, dependendo da infração. Além disso, há risco de interdição da loja, responsabilização judicial do empregador e desgaste da imagem da marca.
Ou seja, negligenciar a NR‑1 é abrir mão de segurança, controle e reputação — além de correr riscos desnecessários.
Checklist rápido de adequação à NR‑1
Confira se sua operação já está no rumo certo:
- Você mapeou os riscos físicos e psicossociais e atualizou seu PGR?
- A equipe passou por treinamentos com protocolo e avaliação?
- Você controla a documentação digitalmente, com validade e rastreabilidade?
- Os terceiros e temporários também foram considerados?
Se ainda faltam pontos, este é o momento de ajustar os processos — antes que a fiscalização comece a “punir”.
Perguntas frequentes sobre a NR-1
O que muda com a nova NR‑1 para o comércio?
A norma agora exige incluir riscos psicossociais no PGR, divulgar treinamentos com estruturas claras e manter registros digitais confiáveis. Entre 26/05/2025 e 25/05/2026, a fiscalização será educativa — sem autuações. A partir de 26/05/2026, a fiscalização passa a ser punitiva.
Quais empresas precisam cumprir a NR‑1?
Todas que contratam com carteira assinada, incluindo micro e pequenos comércios, estão obrigadas a cumprir a NR‑1. Não há exceções por porte ou faturamento, apenas adaptações proporcionais ao grau de risco da atividade.
Quais multas podem ocorrer por descumprimento da NR‑1?
As multas podem variar de R$ 1.000 até R$ 100.000, conforme a gravidade da infração. Além disso, há riscos de interdição, ações judiciais, aumento do FAP (Fator Acidentário de Prevenção) e danos à imagem.
NR‑1: fique preparado e transforme um desafio em diferencial
A NR‑1 traz potência ao varejo: ao tratar os riscos físicos e emocionais, sua equipe permanece mais segura e engajada. E se você começar hoje, até 2026 pode documentar tudo com calma — usando inteligência tecnológica, gestão dos treinamentos necessários e acompanhamento próximo da legislação.
Estar em conformidade com as normas não é apenas uma obrigação: é também uma forma de garantir competitividade, segurança e organização no dia a dia da sua operação.
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